Resumo: | Apesar dos avanços registrados pela tecnologia da comunicação e pela ciência da informática, a informação sobre saúde e assuntos correlatos dispoível em quase todos os países do mundo continua a ser, de modo geral, insuficiente, mal coordenada e de qualidade duvidosa. Contudo, tal informação reveste dois propósitos de primacial importância: determinar quais os serviços de saúde que devem ser oferecidos à comunidade e servir de base para que os responsáveis pelos recursos financeiros nacionais decidam quais são as atividades mais recomendáveis para enfrentar os principais problemas de saúde que afetam grandes setores da população. Detalham-se neste artigo as características e os componentes de um sistema nacional de informação de saúde (SNISC) e se formula uma série de recomendações para estabelecer um sistema que funcione adequadamente. Considera o autor que, embora o apoio do foverno, da ciência e da tecnologia seja essencial, deve esse sistema ser implantado da base para o vértice, e não ao contrário, alicerçado firmemente na população, que é sua razão de ser. A orientação que o autor recomenda baseia-se em sua crença de que a finalidade de um SNIS consiste, sobretudo, em satisfazer as necessidades de saúde de toda uma população e induzir os responsáveis pelo processo decisório a adotar as melhores decisões a respeito. Entre os componentes do sistema, o foco central seria uma unidade de informação estatística, que não se deve converter em mero depositário de dados, à maneira de uma biblioteca tradicional, e sim, ater-se a valores estritamente práticos, mas humanitários, a fim de encontrar soluções eficazes para os grandes problemas de saúde do momento. Antes de serem transformados em informação útl, cumpre elaborar e ordenar os dados com extrema concisão, clareza e padronização de parâmetros. Por outro lado, não existe máquina ou equipamento, por mais caro que seja, capaz de substituir uma abordagem humana equilibrada e uim pensamento claro, especialmente quando há escassez de recursos; portanto, estes serão utilizados com o maior cuidado, procurando-se obter respostas somente para as perguntas importantes. Os métodos ultramodernos não afetam a exatidão ou utilidade básica da informação disponível. Insiste-se também em que os dados devem referir-se diretamente ao modo pelo qual a própria população percebe, sofre e expressa seus problemas segundo as crenças contemporâneas, bem como expressar-se “em termos leigos, e não médicos”, o que não impede que sejam o resultado da observação de situações reais analisadas com critério específico. Concretamente, os conceitos que servem de base para um serviço nacional de informação de saúde devem tender a atingir a forma ótima de distribuir os recursos nacionais para melhorar o estado de saúde e bem-estar de população de todo o país^ipt.
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